O plano de recuperação do parque Hopi Hari, em Vinhedo (SP), será votado por credores durante assembleia marcada pela 1ª Vara Cível do município para a tarde desta sexta-feira (1º). O pedido foi feito pelo centro de diversões à Justiça em agosto de 2016 e, de acordo com o administrador judicial do processo, Gilberto Giansante, o estabelecimento tem dívida de pelo menos R$ 400 milhões.
“Não constam créditos extraconcursais [dívidas assumidas após pedido de recuperação] e fiscais”, explica. O valor foi revisto nesta semana e inclui cerca de 1,7 mil credores das classes trabalhista, garantia real (empresas/profissionais), quirografários, além de micro e pequenas empresas.
A primeira discussão, em 18 de agosto, foi adiada por falta de quórum em alguns grupos.
Em nota, a assessoria do escritório de advocacia que representa o parque Hopi Hari no processo informou que houve “trabalho intenso” de negociação com os credores nos últimos meses.
O que será feito?
A assembleia marcada para esta sexta-feira não exige participação mínima por setor. Com isso, os credores podem rejeitar, aprovar ou sugerir mudanças ao plano que será apresentado pelo parque.
Entre os outros trabalhos previstos durante assembleia no Hopi Hari, informa o documento, está a nomeação de um gestor judicial, quando houver afastamento do devedor; além da possibilidade de formação de um comitê formado exclusivamente por credores que auxiliaria o Poder Judiciário.
“De certa forma, ele também fiscalizaria o cumprimento deste plano”, ressalta Giansante.
O administrador destacou que os trabalhos podem vir a ser suspensos, somente se os credores realizarem um pedido que seja aprovado durante votação. Com isso, nova data será marcada.
Visitantes na reabertura do Hopi Hari, em Vinhedo (Foto: Fernando Evans / G1) Visitantes na reabertura do Hopi Hari, em Vinhedo (Foto: Fernando Evans / G1)
Visitantes na reabertura do Hopi Hari, em Vinhedo (Foto: Fernando Evans / G1)
Reabertura
O parque voltou a funcionar em 5 de agosto, após quase três meses fechado em virtude de crise financeira. Para tanto, segundo a direção do Hopi Hari, foi obtida uma nova linha de crédito.
Com ingressos limitados a 5 mil por dia de atividades, para tentar garantir mais segurança e menos filas aos visitantes, o estabelecimento não colocou 100% dos brinquedos à disposição dos clientes.
