Não é exagero afirmar que 2020, que logo se findará, foi um ano completamente atípico, com mudanças no mundo inteiro, e que foi submetido a um cenário antes inimaginável de tão surreal, seja em termos da saúde de sua população, seja quanto aos nefastos efeitos da economia em crise.
E diante desse cenário extraordinário de medidas restritivas impostas pelos governos, em várias de suas esferas, muitos empresários se viram obrigados a tomar decisões que mudaram o curso econômico-financeiro de suas empresas, com flagrante desestruturação de todo o fluxo de caixa, impactando na atividade empresarial e gerando enorme desequilíbrio de contas.
Passados os piores momentos no quadro da pandemia, o empresário brasileiro vem tentando colocar em prática o que se chamou de “o novo normal” e por isso precisa estar preparado para adotar as medidas estruturantes que se fizerem necessárias, a cada situação específica, e o mais rapidamente possível, porque o tempo das medidas se tornou condição importante para o soerguimento das empresas.
E, nesse sentido, é importante que o empresário saiba que existem ferramentas jurídicas que podem auxiliar na reestruturação de suas atividades, bem como recuperar ou minimizar a perda econômico-financeira suportada nos meses de pandemia e isolamento social, contribuindo para novas expectativas de projetos e melhoraria da saúde financeira da empresa.
Especialmente no quadro atual, muito se fala sobre o importante instituto jurídico da Recuperação Judicial de Empresas, mas é fato também que ainda existem empresários que desconhecem essa ferramenta legal e como poderiam dela se valer para superar o momento mais agudo da crise.
A Recuperação Judicial permite ao empresário obter prazo para pagar as dívidas de suas empresas, com possibilidade de diminuição dos valores devidos e carência antes de iniciar os pagamentos.
Por outro lado, muitas empresas ingressaram recentemente com o processo de Recuperação Judicial para enfrentar os efeitos da pandemia, de modo que muitos credores serão obrigados a fazer parte desse processo para salvaguardar seus interesses e créditos, o que se recomenda seja feito o mais rapidamente possível a fim de garantir oportunidade de negociação, inclusive, com maiores possibilidades de recebimento do crédito.
O conhecimento das ferramentas disponíveis para o enfrentamento da crise ainda é a melhor alternativa para a empresa que atravessa dificuldades, portanto não deixem de consultar um profissional especializado.